sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Mamoeiro - Tarsila do Amaral


O MAMÃO NA MÃO

Dona Maria chamou a amiga
Pois queria colher mamão
E logo ela chegou dizendo
Que ia lhe dar uma mão.

A colheita teve início
Sob o olhar do menino
Que logo falou pra fruta:
-Qual será o seu destino?

Embaixo do mamoeiro
Pensava como faria
Subir em uma escada
Ou desistir da schimia.

A criançada esperava
Enquanto o fogo ardia
Correndo pelos lindos campos
Mesmo com a barriga vazia.

A água do rio ia lenta
Mas o tempo andava ligeiro
Olhe o perigo, crianças!
Que susto, diz Pedro, trigueiro.

O sol já estava se pondo
Quando o trabalho acabou
O olho da meninada
Pro pote de doce voltou.

Oba! Hora do lanche!
Todos sentaram no hall
O sabor estava estranho
Ai! Trocaram açúcar por sal!


Autoras:
Sonia Leda Costa Beber Teixeira
Lígia Rejane Tentler Prola
Elisângela da Silva Pacheco
Sara Matos Barassuol
Jacira Vidal Rodrigues

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Adaptação do conto "A cartomante"

Adaptação do conto “A CARTOMANTE”, de Machado de Assis

Na região noroeste do Rio Grande do Sul, estado ao sul do Brasil encontra-se o Museu Érico Veríssimo, homenagem ao grande escritor, que lá nasceu, cresceu e é o orgulho do povo da cidade, Cruz Alta.
Nascida por ter sido um local de paragem dos tropeiros, que vinham da fronteira levando o gado para ser vendido em Sorocaba, São Paulo. Atualmente, Cruz Alta tem 63 mil habitantes e sua economia baseia-se na agricultura e pecuária.
Existem três Centros de Tradições Gaúchas, locais frequentados por cidadãos que cultivam os costumes do povo das fazendas, usando roupas típicas das lides do campo como doma do cavalo chucro tosa de ovelhas. Usam, nestes ambientes, botas, bombacha, lenço no pescoço e praticam várias danças, como “Balaio”, “Tatu”, “Pezinho”, ”Pau-de-fita”, ao som de grupos musicais com muita gaita e animação.
Seu Florêncio, bolicheiro da Boa Vista do Cadeado, avistou, ao longo da Avenida General Osório, onde acontecia o Desfile Farroupilha, homenagem ao Dia do Gaúcho, o Valdomiro, filho do compadre Getúlio, todo pilchado, acompanhado de sua faceira prenda, a Margarida.
Olhou, ficou bombeando de longe a aproximação de Chico, amigo do peito do casal, guapo nada afeito ao batente, ajeitado no serviço público pela mãe após o passamento de seu pai, o estancieiro Pedro e pensou:
_ A la pucha, tchê, tem macanudo que é cego!
Valdomiro, Chico e Margarida cultivavam uma amizade forte, frequente. Pois foi destas visitas na casa de Valdomiro que Chico começou a esticar o olhar para Margarida, no que era correspondido.
As bailantas, os rodeios, as churrascadas, os banhos de rio, fortaleceram o amor surgido desta convivência.
Em certa feita Chico recebeu uma carta em que lhe alertavam sobre o que estava sucedendo com ele e Margarida.
-Te prepara, índio velho, a sirigaita vai ser tua desgraça. Você vai ser estrebuchado.
Mesmo aperreado, o casal mantinha os encontros na casa da Zoé, local de encontros de amantes, mas mesmo assim a amizade do trio corria solta com longas prosas, carteados e bailantas. Em uma ocasião Margarida visitou dona Clara, cartomante conceituada na cidade e ouviu algo que a deixou feliz.
-Minha filha, tudo está bem contigo, você nunca será abandonada por teu peão, ele te ama muito.
E os encontros continuaram até a mudança de atitude de Valdomiro. Ele se tornou silencioso, pensativo e Margarida dizia que estava chocho pelo trabalho em demasia. Resolvia muitas pendengas das outras pessoas, pois era magistrado.
A situação ficou tensa e Chico rareou suas visitas ao amigo, até que se retirou de vez, menos os encontros com Margarida que cada vez mais se tornavam tórridos de paixão e como o marido dela não dava sinais de conhecer a verdade, entendiam estar em segurança.
Certo dia Chico recebeu um bilhete de Valdomiro solicitando sua visita, pois queria um parecer sobre um assunto e receoso pensou:
-Ué, que será que ele quer comigo?
Mesmo indeciso, decidiu ir ao encontro, mas por via das dúvidas foi consultar a cartomante, mesmo achando uma bobagem o que ela fazia: adivinhar o futuro.
Saiu da casa contente, pois ela o tranquilizou e neste ânimo chegou até a casa de Margarida.
Foi recebido pelo amigo e ao entrar viu uma cena trágica. Sua amada caída ao chão, morta. E logo, também levou um tiro no peito e esticou as canelas.
Seu Florêncio, que avistava tudo de longe, pensou:
- Bah, tchê, o cuera traído é de fato, macho!
Autoras:
SONIA LEDA COSTA BEBER TEIXEIRA
JACIRA VIDAL RODRIGUES
ELISANGELA DA SILVA PACHECO
SARA MATOS BARASSUOL
LÍGIA REJANE TENTLER PROLA

sábado, 14 de maio de 2011



O vento sopra e nos soltamos ao sabor da brisa que nos leva pelo ar até caírmos nas águas caudalosas do rio da vida.

É isto que a música nos lembra.

Lígia R.T. Prola
ligiaprola@gmail.com

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ludicidade

Ludicidade

Quando se fala que a ludicidade deve ser usada em sala de aula para melhoria dos níveis de aprendizagem e qualificação dos mesmos, grande parte dos educadores acredita que esse é um discurso vazio ou pensa que a ludicidade requer grandes tecnologias, recursos caros como brinquedos chamativos, livros cheio de gravuras em alto relevo e até computadores. Pois a ludicidade pode e deve ser trabalhada com recursos simples como a poesia. Com ela não há gastos suntuosos e sim suntuosidade no que o imaginário infantil pode criar.
Quem não lembra de um pedacinho de sua infância onde um momento prazeroso de diversão vem a mente. Mesmo que sejam em rimas vem aparecem nas lembranças como: Hoje é domingo, pé de cachimbo. O cachimbo é de ouro...
Essas rimas conseguem agradar os alunos de series iniciais e estimulá-los. Também percebemos que muitas delas agradam até adultos. A poesia é uma leitura leve, não enfadonha e que pode ser curta para aqueles que estão apressados.
Percebe-se que a poesia não é bem explorada nas salas de aula, inclusive como recurso de alfabetização. Pode-se desenvolver uma aula lúdica, prazerosa e construtora de conhecimentos através da simples repetição de uma poesia para aqueles que ainda estão trabalhando com silabas para construção de palavras e frases. Porém, é preciso lembrar que é necessário ter objetivos para cada ação educativa esperada. Portanto, com uma aula onde as poesias foram previamente escolhidas e com a criação de um ambiente adequado de leitura é possível irmos além da conquista de ouvir e ler poesias: o de escrevê-las, de apreciá-las sempre e estar buscando novidades no que diz respeito à leitura.

sábado, 30 de abril de 2011

Diferentes modos de dizer a mesma coisa

Uma senhora de Cruz Alta saiu viajar, mas em cada lugar que ela chegava as pessoas falavam de um modo tão diferente que ela achava que estavam brincando com ela, fazendo chacota. Aliás, sabia que chacota é uma forma de gozação?

Então, ao chegar na primeira cidade de sua viagem, ela foi à casa de sua irmã e, ao perguntar por ela, o seu sobrinho respondeu: “Mamãe está na pileta, lavando roupa.” Ela ficou se perguntando: “O que seria pileta?” E você sabe o que é uma pileta? É o nosso popular tanque de lavar roupas.

Seguindo viagem, foi a outro Estado e lá chegando resolveu ir à feira comprar verduras e legumes. Ao retornar falou com seus amigos que lhe perguntaram por onde tinha andado. Respondeu que tinha ido à feira. Surpresos, responderam que não sabiam que tinha alguma exposição na cidade . Ela lhes disse que fora comprar hortigrangeiros .Eles, surpresos, responderam: “Fostes a quitanda?”

Vejam como expressões tão diferentes representam as mesmas coisas para pessoas de diferentes lugares.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mediadores da Leitura- Módulo 2


Atividade de encerramento





Desde o início desta atividade defrontei-me com muitos
artigos, depoimentos e experiências que me levaram a caminhos,
conclusões e pensamentos diversos.


Sempre pensei que um leitor “nasce” leitor.


Como Freire coloca: “a leitura do mundo, precede a leitura da
palavra.”


Então o leitor nasce leitor lendo o mundo. Depois para que ele
continue leitor, a família deve ser a primeira mediadora nesta
caminhada.


A família é o alicerce da construção do ser. Em seguida a
escola segue erguendo as paredes do conhecimento.


Podemos dizer que os mediadores têm um papel
preponderante na formação do ser pensante que transforma a si e
ao mundo, articulando-se e/ou desarticulando-se conforme sua
interpretação do que percebe em seu entorno conforme suas
vivências, experiências, leituras, reflexões e interpretações.


Através da ajuda, digamos assim, do mediador, o leitor deve tornar-
se um crítico que filtra o que lê e observa, formando sua própria
opinião. Tendo como recurso tudo o que já leu, viu, ouviu e
apreendeu o leitor vê-se personagem do enredo intrincado que é o
seu próprio envolvimento e desenvolvimento no livro da vida.


Tentando, nesta nova atividade, tornar-me mediadora da
leitura, percebo como necessito trabalhar, estudar e ler muito para
“ser”: - Mediadora da Leitura;
- Ser cidadã;
- Ser profissional;
- Ser mãe;
-Ser esposa;
- Ser amiga;
-SER...



Lígia Rejane Tentler Prola
ligiaprola@gmail.com

sábado, 16 de abril de 2011

Eterno Aprendiz

  Escolhemos esta música por acreditarmos que a vida é um eterno aprendizado: acertos, erros, alegrias, lamentos, um misto de sentimentos que não diminui a beleza de viver.
   Nós, como educadores, temos nas mãos ferramentas importantes para provocar a mudança, diminuir o lamento, proporcionar alegrias e fazer das vidas ao nosso redor, bem melhor do que já são.
    E, com certeza, os desafios que encontramos impulsionam a vida e não nos impedem que acreditemos como as crianças:É a vida! É bonita, é bonita e é bonita!


 Eterno Aprendiz
Gonzaguinha
Composição : Gonzaguinha
Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...
Mas e a vida
Ela é maravida
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida e viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...